sexta-feira, 30 de outubro de 2009








Adormeço
cada vez mais  longe
para não sonhar.


E,
acordo mais longe ainda,
para não me achar...

 Num abraço tardio,
 eu sei,
que as cinzas do tempo,
 irão me  levar...


@Margusta




* Reservados todos os direitos de autor

6 comentários:

Maria disse...

Não sei bem o que te dizer. Apetece-me abraçar-te.
Mas sempre te digo que um dia destes adormecerás mais perto, para acordares ainda mais perto... de ti!


Beijinhos

Mare Liberum disse...

Mais um poema perpassado de dor que, espero e desejo, consigas ultrapassar rapidamente. Há um mundo verdadeiro à tua beira que te estima muito. Encerra esse passado que tanto te feriu,fere e não te merece.

Mil beijinhos e um abraço muito, muito apertado.

Rui Figueiredo disse...

Mas que blog, estou sem palavras. Já não vou elogiar o corriculum pois isso seria um disparate, faltam palavras qualificativas! A harmonia que aqui se encontra é digna de exaltação. Os meus parabéns. Lindo o poema, sonhar é viver, não podemos parar em face de adversidades que a vida nos traga. A vida é linda.

bj

Graça disse...

Tudo de um bom gosto, por aqui... das fotos às palavras, passando pela música.

Adorei o teu poema... aliás, gosto de um poema, quando me revejo nele... foi o caso, querida Margusta...

Beijo enorme de carinho.

Lídia Borges disse...

"Adormeço

cada vez mais longe

para não sonhar."


A distância, se for longa demais pode apagar-nos o caminho de regresso.

De cada viagem, regressamos inevitavelmente, mais fortes mais maduros, mais capazes...

Um beijo

PAS[Ç]SOS disse...

Basta que adormeçamos para estarmos perto...
Basta que acordemos para estarmos vivos...
Devemos ser nós a procurar o abraço onde nos encontramos, pois o mais certo é, sem dúvida, o nosso tempo tornar-se cinzas!