terça-feira, 29 de setembro de 2009


*Para escutar o vídeo, por favor desligar a música no painel ao lado*

Terence Blanchard (New Orleans, LA, USA) , um novo amigo meu em THE JAZZ NETWORK WORLDWIDE. Foi Terence quem me encontrou por lá. Terence é artista musical, produtor e compositor....dispensa apresentações, especialmente quando toca Trompete assim...MARAVILHOSO!!!



... hoje apetece-me ouvir esta música, este "choro" de trompete, como se fora o choro da noite em mim...a escorregar-me pelas mãos numa saudade sem medida!...
Tem dias em que penso que já a serenei, em que olho o mar com o olhar tranquilo, enquanto uma doce brisa me envolve nesta nostalgia que Setembro sempre me trouxe, e a que eu sempre me dei, numa entrega total.
E tem noites em que vem assim...sem avisar, puxa-me pela mão e leva-me mais uma vez a acender uma vela no candeeiro de sal, enquanto esgravato lembranças. Aperta-se-me o coração, e esvoaçam tristes os pensamentos...
...furtivas as lágrimas deslizam na pele da madrugada ao ritmo do Jazz...

A vela continua a arder no candeeiro de sal... pela sala ecoa o som de um trompete, insistente a noite escorrega-me desesperadamente pelas mãos, numa ultima tentativa de se, e me agarrar...


Maria Augusta Loureiro
Margusta
28/09/2009 11,55 pm

In DIVAGANDO
* Reservados todos os direitos de autor

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A morte dos sentidos



Mastigou o silêncio de suco amargo e vomitou-o em coágulos de sangue de um vermelho gritante… decibéis em fúria rasgando a escala. ..
Ensurdeceu!
Nas salinas dos olhos os cristais acumulados absorveram toda a luz, e….
Enegreceu!
Entre os lábios cerrados colava-se um nome na língua agora gelada…
Emudeceu!
Os sentidos dançaram um último tango...desprendeu-se do corpo com as mãos ocultas, e…
Morreu!

Maria Augusta Loureiro
Margusta
22/09/2009
*Reservados todos os direitos de autor

terça-feira, 1 de setembro de 2009




Fala-me do silêncio
que tortura este tempo,
nos fere os sentidos
e violenta a alma.

Diz-me o que fazer,
das horas feridas,
dos pensamentos em sangue,
quando o poente,
vem morrer nos meus olhos…
Como libertar,
em rasgos de luz,
as sombras dos pássaros,
que poisaram nos meus lábios,
agora tão frios.

Fala-me,
fala-me do silêncio,
ainda, ainda que vagamente…
Nas borboletas que voam,
ao som da tua voz,
suave e ardente!...


Maria Augusta Loureiro
Margusta

Reservados todos os direitos de autor

In " (E)Terno (A)Mar