quarta-feira, 2 de março de 2011

Por amor...

Veio fria e sonolenta,
nos resquícios de uma noite mal dormida,
onde o amor foi   palavra  derramada,
na  paixão fermentada  em silêncio,
num céu qualquer, de um lugar distante,
com as  estrelas a  orvalhar ,
flores semeadas no deserto.

No meio de pétalas já sem vida,
veio na esperança de se aconchegar,
dentro do  ventre quente e húmido,
de uma abelha faminta,
presa aos lábios da flor eleita,
onde se deixaria morrer.
Flor de laranja e mel,
de pétalas  frágeis acariciava,
a delicadeza do amor polonizado ,
musicando a brisa no prelúdio,
que antecipava a explosão,
solar do alvorecer...

Maria Augusta Loureiro
(Margusta) 

* Reservados todos os direitos  de autor