terça-feira, 22 de setembro de 2009

A morte dos sentidos



Mastigou o silêncio de suco amargo e vomitou-o em coágulos de sangue de um vermelho gritante… decibéis em fúria rasgando a escala. ..
Ensurdeceu!
Nas salinas dos olhos os cristais acumulados absorveram toda a luz, e….
Enegreceu!
Entre os lábios cerrados colava-se um nome na língua agora gelada…
Emudeceu!
Os sentidos dançaram um último tango...desprendeu-se do corpo com as mãos ocultas, e…
Morreu!

Maria Augusta Loureiro
Margusta
22/09/2009
*Reservados todos os direitos de autor

3 comentários:

Maria disse...

Espero o renascimento, querida Margusta. Porque os sentidos voltam sempre a renascer...

Um beijo, forte.

Mare Liberum disse...

Espero que os sentidos se soltem em golfadas frescas de uma Primavera que, sei, és capaz de fazer renascer muito em breve. És uma mulher de força e não há, não pode haver, fraquezas numa mulher/ mãe/ amiga-coragem.
Força, Margusta! Força poeta! Tens muito para dar.

Mil beijinhos

Bem-hajas!

Maria Clarinda disse...

Palavras para quê???Está lindo!
Adorei
Jinhos muitos