terça-feira, 1 de setembro de 2009




Fala-me do silêncio
que tortura este tempo,
nos fere os sentidos
e violenta a alma.

Diz-me o que fazer,
das horas feridas,
dos pensamentos em sangue,
quando o poente,
vem morrer nos meus olhos…
Como libertar,
em rasgos de luz,
as sombras dos pássaros,
que poisaram nos meus lábios,
agora tão frios.

Fala-me,
fala-me do silêncio,
ainda, ainda que vagamente…
Nas borboletas que voam,
ao som da tua voz,
suave e ardente!...


Maria Augusta Loureiro
Margusta

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In " (E)Terno (A)Mar

6 comentários:

Mare Liberum disse...

Um apelo feito com veemência pelo sujeito poético, que se revela dotado de extrema sensibilidade.
Esquecer as horas feridas, destruir os pensamentos em sangue e trilhar um novo caminho pode ser uma solução.

Belo poema!

Bem-hajas!

Mil beijinhos

Maria disse...

Sei da dor. Sei das dores.
Quisera eu saber como as transformar num sorriso...

Belíssimo poema, Margusta!

Um abraço apertado, e um beijo

Lídia Borges disse...

Maravilhoso este poema de silêncios que dizem tanto...


um beijo

☆Fanny☆ disse...

Um poema em que o silêncio não me permite calar...

Lindo versejar...uma tristeza que não contém a indignação das feridas, que não abdica da esperança dos voos serenos que ainda poisam no pensamento.

Beijinho*

Nilson Barcelli disse...

Gostei tanto do teu poema querida Margusta. Uma verdadeira delícia para os sentidos.
Beijo.

Maria Clarinda disse...

Maravilha de poema, como sempre!
Voltei das minhas férias!
Jinhos mil