sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Nunca me esqueças...

O presente é o momento onde pouso a nossa recordação, até ao dia em que,  numa aurora silenciosa do tempo, adormecerei para sempre a memória.
  
Nunca saberás dos meus olhos rasos de água, e, que o desencanto de viver é a morte.
Recolhi as pálpebras.  Irei adormecendo lentamente no intervalo das estações, num sono inquieto e puro, onde deslizaram borboletas inocentes.  Seguir-lhes-ei o esvoaçar, para que me mostrem o caminho, longe do sonho escrito.
Mas, sempre que amanhecer, acenderei a tua voz, em sílabas ordenadas.   O destino das palavras, é espalhar a sede do mel.   Sempre te ofereci o horizonte nos braços , e o absinto nos lábios.
A incógnita deixa um rastro de fumo cinzento,  nenhum limite antes do fim.

Deixei de saber ler o tempo, e, os relógios pararam.
Voam pombas brancas!
Nunca me esqueças...

@Margusta
01/09/2011

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