Espelhada nas pupilas a eternidade
foi dor de uma lágrima que correu veloz
agora alago-me de paz na serenidade
que me leva a caminho da foz.
Nascem-me na íris, os arcos em séries,
explosão colorida na ternura dos sonhos,
pois já não temo as intempéries
apaguei as caravelas dos olhos.
Na garganta o choro que já não dói
abafado nos lábios foi ultimo suspiro
junto à fronteira da desilusão.
E a tristeza ácida já não me corroí
afogou-se nas águas agitadas de um rio
pelos passos vermelhos da própria paixão.
© Margusta Loureiro
*reservados todos os direitos de autor.
4 comentários:
Um poema muito sentido e muito belo. Mas não apagues as caravelas dos olhos. Podes precisar delas para ir em busca da alegria...
Um beijo.
Mas temos que sempre que encontrar o mar...Para nos voltarmos a sentir...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Palavras pintadas com os lábios
Bj
O seu poema é brilhante, parabéns pelo talento das suas palavras. Mas como eu a leio há uns 10 anos, já estou habituado à excelência da sua poesia.
Mas reacenda as caravelas dos seus olhos, porque elas podem levá-la para onde precisar...
Amiga Margusta, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
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