Recuso- me a voltar. O tempo vai ficar para trás e
vai guardar o perfume de todas as flores, mesmo o daquelas,
que nunca recebi.
Recuso-me a voltar. Foi tão difícil chegar aqui. A dor da transformação,
tolheu-me os membros, embora o aroma dos sonhos ainda paire pela
casa, e na cama vazia. Ainda existe um poema por desvendar no fundo do
meus olhos...
Hoje não voei sobre o campo de açucenas. Tenho as
mãos vazias de pólen. Enfraquecida enrolo-me no próprio corpo. Uma
borboleta também tem o direito de se sentir triste, e colar-se à própria
pele...
@Margusta
* Reservados todos os direitos de autor
4 comentários:
Que seja por pouco tempo...
Beijo, Margusta.
Minha querida Margusta
O teu texto falou tanto de mim...apenas o sinto e vou levando o perfume das tuas palavras e deixando o meu beijinho e carinhos.
Sonhadora
Na aparente fragilidade de uma borboleta existe o desejo dos voos mais audazes...
Meus beijos,
AL
Saudações amigas e bom fim de semana
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