Nas dobras das minhas mãos,
aguardo(te)...
Escorrem-me veios de água na ponta dos dedos.
Quero percorrer-te no tamanho do (im)possível,
e fazer e(s)coar em ti o (a)mar dos sentidos.
Aguardo os teus passos,
na clausura dos dias,
em corredores de silêncio,
nas avenidas das veias,
com caravelas no sangue...
Sei que chegarás!...
Como sempre chegou o céu estrelado,
com o luar de Agosto.
Como a luz que trespassa a sombra,
e como a noite, onde o sol sempre fundeia...
És o mar e a onda.
A maresia onde o desejo se liberta,
nas manhãs liquidas de névoa,
em que por entre marés, a esperança,
cavalga molhada no dorso das vagas.
Sei que chegarás!...
Deixo que a paixão, se ocupe das letras,
como um incêndio a devorar metáforas,
que nem os veios de água,
que brotam dos meus dedos,
conseguem apagar...
Aguardo-te!...
Maria Augusta Loureiro
Margusta
* reservados todos os direitos de autor
.
4 comentários:
Minha querida
Um grito de amor no teu lindo poema, adorei.
Beijinhos
Sonhadora
Um poema de esperança, cheio de beleza e amor!
A tua poesia (en)canta, é música que entra na nossa alma e nos faz dançar entre sonhos e estrelas.
Um beijinho*
Passei, gostei e vou seguir, pois por aqui a sensibilidade é privilegiada...
Beijo :)
Olá, querida
"Aguardo teus passos na clausura dos dias"... Lindo!
Otimo feriadão pra vc.
Abraços fraternos
Enviar um comentário