Trago na ponta dos dedos,
pequenos sóis hasteados,
que os teus nos meus deixaram.
Nos lábios,
onde a saudade , já
foi mágoa,
perdura ainda, essa
sede de água,
do oásis do teu corpo.
Não,
não adianta negar...
Nos olhos que trago eu?...
Nos olhos eu trago um jogo,
feito de luz e sombras,
a lua inteira, o luar,
uns braços para te
abraçar!
E não,
não adianta negar...
É sempre,
bem fundo no olhar,
que se desdobra e desnuda,
por inteiro a reclamar,
este desejo por ti...
Não, não adianta negar!...
Maria Augusta Loureiro
(Margusta)
14/03/2010
* Reservados todos os direitos de autor(foto e poema)*