sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SEJAM FELIZES...



ATÉ ...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Poema Vermelho


Viaja-me no sangue
um poema vermelho.
Em silêncio,
circulam rubras as palavras,
construindo os versos.
Deslizam desordenadas,
as rimas ardentes...
Pedaços de lava,
incandescentes!

O lume queima as veias.
Na carne, quase em chamas,
o desejo arde!
E a boca em fogo,
que a tua me pede,
lasciva se abre...

-Vem amor...é tarde!...


Maria Augusta Loureiro
Margusta

* Reservados todos os direitos de autor

Poema já aqui publicado, e que hoje dedico a todos aqueles que amam e se amam . Para todos um MUITO
FELIZ  DIA  DE  S.VALENTIM!!!

Eu, como diz a minha amiga  MARIA , vou ali e volto já!
Façam o favor de serem FELIZES!!!

(Imagem retirada da net.)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ainda das palavras...

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AQUI, onde as palavras mofaram, continuo a respirar. Inspiro,expiro, para de novo inspirar... AQUI o ar está viciado. Bafiento!... A humidade escorre pelas paredes bolorentas, e mancha o chão de madeira apodrecido. Pelas grades enferrujadas da janela entra alguma luz. Pouca.
Não existem móveis, apenas uma cadeira no meio do quarto. Vejo-a   dAQUI , deste canto, onde me sento no chão, com os cotovelos apoiados nos joelhos. Entre as mãos, seguro a cabeça cansada. O olhar passeia-se pelas manchas da humidade na parede, ou pelos ferros da grade da janela, por onde entra alguma luz. Pouca, como já disse.
Não sei quanto tempo se passou desde que  estou AQUI. Sei apenas que era Verão, e o meu corpo gelou. Em seguida, o barulho da porta a fechar-se, e este quarto... Se olhar sobre o meu ombro esquerdo, vejo a porta. É de madeira escura , tem apenas uma argola de ferro pendente, faz-me lembrar a porta de uma velha masmorra.
DAQUI deste canto, já me levantei alguns vezes, no intuito de a abrir. Não consegui... Por isso regresso de novo a este canto, e espero sentada. Espero que a cadeira seja ocupada. Quem sabe por palavras frescas, renovadas. Quem sabe por uma brisa de ar puro, ou um pouco de luz  que escorra  pelas grades... 
AQUI as palavras mofaram e o meu corpo gelou...
Mas eu inspiro e expiro, e continuo a respirar...



Maria Augusta Loureiro
(Margusta)
In "Divagando"

* Reservados todos os direitos de autor*

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Sem fronteiras...




Vem, traz  contigo  o teu sorriso ardente,
e, segue os meus passos  sempre em flor,
serei  de todas as aves, a mais contente,
serei  eterna  Primavera, Oh meu amor!

Desprende as amarras, liberta essa barca,
solta as velas de todos os  sonhos ao luar,
rasga as àguas, traz o tesouro, traz a  arca,
da paixão,do desejo, do querer e ofertar!

Mete as mãos no tempo, meu doce  amado,
recolhe a ternura dos abraços  pelas raizes,
dos  beijos, e das caricias sem barreiras...

E,  que o céu pelo  nosso olhar iluminado,
seja estrada, estrelas,  as gargalhadas felizes,
os loucos perdidos sem limites e fronteiras...

Maria Augusta Loureiro
(Margusta)

* Reservados todos os direitos de autor*

Foto da net

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Da inércia das palavras...

Fecham-se as mãos ,
em gestos sem respostas.
Lambe, a língua o vazio
do silêncio,
saboreando as ultimas palavras.
Na distância habitam lábios,
sem pronuncia.
Encerram-se os sons,
nos ponteiros do relógio  da sala.
Por detrás das horas,
questiona-se o tempo,
tacteando as silabas da memória...
Reflectidas nas pupilas,
as ondas em que nasce a manhã,
são sempre as mesmas, em que o sol se deita...
Existem frases sem retorno!...
Resistem ao regresso da linguagem.
Somente persistem, mudas pela inércia ,
em longínquas  constelações,
envoltas de escuridão e surdez...

E,
no mutismo do ser,
a noite faz-se  um deserto...

Maria Augusta Loureiro
(Margusta)


*Reservados todos os direitos de autor*